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INAUGURO #75, a partir de dia 1 de Julho 2021 @ Objectos Misturados.


“Variações Sobre o Anjo da História”, Ilan Manouach + Pedro Moura na Objectos Misturados

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By duchamp / December 17, 2013 / Ilustração, Inauguro #25, Literatura, Objectos Misturados / No Comments

Ilan Manouach_Variations

Este é o novíssimo projecto do artista grego Ilan Manouach e do escritor português Pedro Moura, VSAdH/EdWB/IpAN (uDdPL), ou Variações Sobre o Anjo da História/Ensaio de Walter Benjamin/Inspirado por “Angelus Novus” (um Desenho de Paul Klee), uma colecção de quarenta e oito poemas em prosa baseados – mas em permanente fuga – na possivelmente mais famosa imagem de Walter Benjamin, acompanhados por desenhos que exploram tensões quase insuportáveis entre texto e imagem.

Co-publicado por La Cinquième Couche, uma editora de banda desenhada experimental belga, e a Montesinos, a chancela editorial de P. Moura, com textos em francês e português, VSAdH/EdWB/IpAN (uDdPL) é também um objecto que deseja habitar a zona desmilitarizada e densa que existe entre os domínios da ilustração, da banda desenhada, dos livros de artista, das colaborações, das artes do livro, da reprodutibilidade e de um misticismo impoluto pós-tecnológico. Um movimento contraditório de dissolução e acreção de um processo de mitificação do mundo.

As ruínas da História, tais como descritas por Walter Benjamin, assumem muitas formas, e muitos são os gestos que procuram restaurá-las, deslocá-las ou então abandoná-las de vez. As configurações são por isso inúmeras, e as metamorfoses incessantes. VSAdH/EdWB/IpAN (uDdPL) não é mais do que uma sucessão de capturas das formas que se molda nessa tempestade caleidoscópica. As palavras de Pedro Moura apresentam uma paisagem a um só tempo desolada e vibrante populada por personagens dantescas, descritas ora vaga ora meticulosamente, emprestando vozes diferentes a ensejos diferentes, todas detectáveis na mesma localização. Os desenhos de Ilan Manouach, através de várias estruturas e fontes, moldam as proporções exactas destes fragmentos em ruína.

Ilan Manouach e Pedro Moura já haviam colaborado, enquanto artista e comissário. Todavia, as afinidades de ambos foram imediatamente instigadas, encontrando um campo comum electrificado nos seus interesses pelas ruínas da tessitura da realidade, pela natureza efémera da beleza (e a beleza do efémero), pela falibilidade do monumental e a monumentalidade dos dejectos, pelos umbrais entre a vida e a morte, e por execuções precisas e automáticas dos gestos de desenhar e escrever com fim à evasão das costumeiras mistificações da arte, procurando antes concretas fantasmagorias que acabam de despontar. O filósofo alemão Walter Benjamin – com a sua imagem potente do crítico como aquele que mortifica a obra de arte, que a despoja e desnuda, para transformar o objecto prístino em ruínas e, no seio delas, procurar libertar o seu fogo interior – tornar-se-ia o condutor desta colaboração. O fragmento do “Anjo da História” é um enigma. Tratar-se-á de um desenho de Paul Klee que espoletou um conceito em Walter Benjamin? Ou um ensaio descritivo-criativo sobre uma figura previamente existente? Existirá noutras paragens? Faz sentido falar de existência, seja ela actual ou virtual, neste caso? VSAdH/EdWB/IpAN (uDdPL) tenta revisitar esse lugar de encontros para instigar outros tantos.

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Ilan Manouach é o criador de uma mão-cheia de livros que redefiniram a forma da banda desenhada, tais como Le lieu et les choses e Frag, tal como a relação entre texto e imagens com Limbo. Muitos dos seus projectos artísticos exploram “encontros fortuitos” lautreamontianos entre arte site-specific, a instalação, a apropriação, artes gráficas e música, área na qual ele é igualmente um virtuoso saxofonista e manipulador de electrónica.

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Este é o primeiro livro de Pedro Moura, embora tenha publicado contos, poemas e objectos literários não-identificados noutros locais (inclusive uma opereta). Faz crítica de banda desenhada, sobretudo no seu blog lerbd, tendo nesse domínio também exercido outras funções.

 

 

 

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No dia da inauguração contamos ainda com a presença da Nuvem, cake design.

O gosto pela culinária está-me no sangue e apesar do esforço familiar de o neutralizar ele acabou mesmo por vir à tona! Sou filho e neto de pasteleiros e desde que me lembro que mergulho em doces! A minha queda para a veia artística cedo apareceu, mas foi canalizada para outros percursos – a arquitectura.
Devia ter começado a perceber a mudança quando passei a comprar mais revistas, livros e blogs de culinária do que de arquitectura e quando o meu canal eleito de televisão se tornou o foodnetwork.

+ info

 

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10:00-13:00 e 14:00-18:30, seg. a sáb.
tel: 258 828 415 ||| objectos@objectos-misturados.pt
Tags: Inauguro #25
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