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INAUGURO #75, a partir de dia 1 de Julho 2021 @ Objectos Misturados.


Inauguro 25!

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By duchamp / January 26, 2014 / Clipping, Inauguro #25 / No Comments

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Este foi o texto que escrevemos como forma de sintetizar e de comemorar as nossas 25 edições. Pretendíamos que fosse publicado no jornal Aurora do Lima mas, infelizmente, apenas publicaram uma versão muito resumida. Aqui fica o original. A foto pertence à Dínamo 10.

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O Inauguro chega à sua 25ªedição. Nasceu em Abril de 2011, fruto da iniciativa de um conjunto limitado de espaços independentes que pretendiam dinamizar a cidade e promover pontos de contacto com propostas artísticas contemporâneas. São quase 3 anos de trabalho e mais de uma centena de eventos apresentados (exposições, performances, concertos, workshops, etc.). É tempo de fazer um balanço sobre o que de positivo e de negativo esta experiência nos trouxe.

1 – Mais de uma centena e meia de artistas visitaram-nos devido ao Inauguro. É um número significativo por muitas razões. O Inauguro trouxe a Viana do Castelo artistas de todo o país assim como artistas internacionais oriundos de países como o Brasil, a Roménia ou a Grécia. De entre os portugueses, o Inauguro apresentou diversos artistas ligados a Viana do Castelo (Célia Esteves, Paulo Barros, Mariana Caló, Mariana Barrote, Hugo Soares, João Gigante, Laetitia Morais, Rita GT, entre outros). O factor geográfico nunca foi um critério para nós mas sim um motivo de exultação e de orgulho por constatarmos que existe uma geração aqui nascida que está a produzir um trabalho de grande qualidade.

2 – Ao longo destas 25 edições projectámos a imagem, por vezes exagerada, de uma cidade dinâmica e continuadamente interessada nas questões da cultura. Muitos desses artistas comentavam o seu espanto perante o facto de uma cidade pequena como a nossa ter um conjunto tão significativo de eventos, e tudo isto sem nenhum tipo de apoio público. Foi com um misto de orgulho e de tristeza que recebemos muitas vezes esse reconhecimento. Orgulho pelo trabalho realizado e pela qualidade das propostas mas também tristeza por não sermos capazes de dar melhores condições a esses mesmos artistas que generosamente partilharam o seu esforço connosco.

3 – A maioria das escolhas que realizámos centraram-se em jovens artistas. Acreditámos no seu potencial, procurámos apresentar o trabalho deles da melhor forma possível e foi também com muito agrado que fomos testemunhando o seu reconhecimento. Os prémios ganhos pela Mariana Caló e pelo Francisco Queimadela. A exposição da Aitch que foi apresentada pela primeira vez em Viana e que depois rumou ao Canadá, à Áustria e à Alemanha. A visibilidade que o trabalho da Madalena Martins tem vindo a ganhar. E mais uma mão cheia de exemplos que atestam a qualidade dos projectos por nós apresentados.

4 – O formação do Inauguro variou ao longo do tempo e por isso torna-se importante relembrar todos os espaços que até agora participaram: A Benda, AISCA, AoNorte, DÍNAMO 10, Iva Viana – atelier de escultura, Close(t), MAO – Marionetas Actores e Objectos, MauMaria, O Laranjeira, Objectos Misturados, Oficina Cultural do IPVC, Piece of Resistance, Se7eva design e Viana Welcome Center.

5 – Todo este esforço ganha também sentido através da receptividade que os eventos têm. Ao longo de 25 edições sentimos que, progressivamente, temos um número crescente de pessoas interessadas nas nossas apresentações. É um trabalho de persistência e, como afirmamos no nosso manifesto, de pontualidade. De 6 em 6 semanas, cá estamos.

6 – Procurámos estabelecer parcerias duradouras com entidades locais que nos ajudem a fortalecer a nossa actividade. Uma dessas relações, talvez a mais duradoura, tem sido a que mantemos com os Vinhos de Viana (Casa dos Pintos, Sobrinho do Abade, Sobrinho do Arcipreste, Solar do Louredo e Solar de Merufe). A presente edição vai ser apoiada pelos vinhos da Quinta da Aveleda.

7 – Nem tudo foram alegrias. Vimos partir para Lisboa um bom amigo que, discretamente, esteve sempre presente e interessado no nosso trabalho. Do ponto de vista cultural, a cidade ficou mais pobre sem a presença assídua do João Alpuim. Também tentámos compreender e participar na Viana Criativa mas isso revelou-se impossível. O política cultural da cidade faz-se sem ter em conta projectos como o nosso e com um manifesto desinteresse relativamente à dinâmica que atrás foi exposta.

8 – É também com angústia que através da imagem gráfica desta edição (autoria de Carlos Valência) relembramos o impacto social e cultural que a actividade dos estaleiros tem na nossa cidade. Já muito se disse sobre as questões financeiras e políticas mas pouco se falou sobre a cultura e sobre o quanto os ENVC têm tido um papel importante na construção da nossa identidade colectiva.

9 – O normal seria rematar este texto com o futuro mas os dias que vivemos não são normais. Resta-nos continuar até ao próximo Inauguro. Sempre até ao próximo.

 

Manifesto:

1 – O Inauguro não é uma indústria criativa e prefere criadores a criativos.
2 – O Inauguro é instável e tem uma formação variável.
3 – O Inauguro procura ser pontual. De 6 em 6 semanas uma nova edição.
4 – O Inauguro não é financiado.
5 – O Inauguro é um espaço aberto à comunidade.
6 – O Inauguro centra-se na reflexão, na formação, na divulgação e no diálogo.

Tags: Inauguro #25
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