“O que fica do que passa”, Margarida Jardim na Objectos Misturados
“A Margarida usou a palavra chulear para me explicar a feitura dos trabalhos desta exposição…. Estamos a perder o mundo. É o Apocalipse. Resta-nos ir chuleando os trapinhos, os papelinhos, para que o mundo não se desfie todo de uma vez. Resta-nos desentropiar. Não estou a escrever um manifesto, estou a escrever uma oração.” “… Não são pacíficos estes segredos, com tão grande apelo sexual por vezes, não é calma esta memória guardada, são também relicários, pobres relicários… Olho para as caixas e, olha penso na vida que passou. São, como dizia Lucrécio, as lacrimae rerum, as lágrimas das coisas?” • Margarida Jardim nasce em Lisboa em 1955, inicia os estudos na Faculdade de Belas Artes de Lisboa em 1973, licenciando-se em pintura. Desde 1982, data da sua primeira exposição individual, divide a sua actividade entre a museologia e as artes plásticas. • OBJECTOS MISTURADOS
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