“Intimidade”, Luísa Ferreira na Dona Emília Galeria de Arte
Sempre gostei de casas, de ver a organização das dos outros e organizar as minhas, temporárias ou não. A série intimidadeS ter-se-à afirmado nas várias visitas à Tapada da Tojeira. Vêm-me à memória muitas casas, tradicionais e contemporâneas. Na minha primeira visita a casa da Graça Passos, em 1999, percebi a necessidade de fotografar. Discuti esta série de fotografias pela primeira vez com Carlos Vaz Marques para o ensaio fotográfico da Granta 3 (2014). Carlos juntou-lhe dois versos de Ruy Belo, como epígrafe: “Só as casas explicam que exista /uma palavra como intimidade”. Quando a exposição foi para Portel, Capela de Santo António em 2015, a convite de Bruno Portela, percebi que poderia ser uma exposição itinerante e percorrer o país a descobrir novos interiores, em cada novo lugar, novos espaços, novas casas. Sempre a casa a encantar-me. L.F. – Luísa Ferreira (Lisboa, 1961) iniciou-se em Geografia, mas trocou o curso pela fotografia. Começou a trabalhar profissionalmente em meados dos anos 1980 e tem exposto regularmente em galerias, museus e outros lugares e apresentou instalações na via pública. Para além da fotografia, usa vídeo e som. Interrompeu a actividade diária de fotojornalista em 1998, após sete anos no jornal Público e dois na agência de notícias Associated Press. Em 2010 integrou “Res Publica 1910 e 2010 face a face” (FC Gulbenkian, Lisboa) com a série “Há quanto tempo trabalha aqui?” lojas antigas de Lisboa e as pessoas que as habitam iniciado em 1994; e «Au Féminin. Women Photographing Women 1849-2009», curadoria de Jorge Calado (CCulturel Gulbenkian, Paris, 2009). “fora de jogo” 40.000 postais de campos de futebol sem relva, enviados durante o Euro2004; “Capitão Goma” fotografias dentro de insufláveis sobre o mundo das crianças (2003); expôs dentro de contentores no Armazém AB do Porto de Lisboa, ao Jardim do Tabaco (1993) “…a chave das docas”. Mestre em Design e Cultura Visual, área de especialização Estudos de Fotografia (ESD/IADE- U 2011), e doutoranda na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – UNL. Fotógrafa independente, vive e trabalha em Lisboa. – Horário de abertura ao público: ———— DONA EMÍLIA
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