Obstrução monocromática de Joclécio Azevedo, Objectos Misturados

Obstrução monocromática

Exposição e acção performativa (31 de Março a 8 de Maio de 2012)

Concepção e interpretação: Joclécio Azevedo

Comecei por trabalhar com um objecto que é um quadro branco em madeira. A acção prevista para activá-lo consiste em tentar captar a sensação de estar à frente do objecto como que a confrontar um futuro em branco, encostado à parede, todo resto ainda por acontecer.
O quadro está amplificado e produz ruídos que acompanham a acção. O desenvolvimento da acção consiste em fazê-lo vibrar de diferentes formas, em utilizar as minhas mãos e o corpo para produzir imagens e sons que funcionam em conjunto, que evoluem no tempo em consonância.
O som é arranhado, as mãos raspam a superfície do quadro. O quadro é uma conjectura. O quadro é simultaneamente uma espécie de convite e de obstáculo à acção. O quadro é um repositório de imagens que não se fixam.
A tensão das mãos e do corpo sobre a superfície do objecto produz a sensação de
delinear uma estranha fronteira.

(Nota: Esta é uma primeira versão/aproximação para um trabalho em desenvolvimento a ser apresentado no final do ano. O quadro em madeira e um registo em vídeo da acção performativa ficarão em exposição)

Acção performativa: 31 de Março às 15h45 (Repete às17h15) Duração: 15 minutos

Joclécio Azevedo

Joclécio Azevedo nasceu no Brasil em 1969. Vive e trabalha no Porto desde 1990. Desenvolve o seu trabalho coreográfico desde 1999, participando regularmente em projectos de investigação, colaboração e residências artísticas em diversos contextos. Paralelamente trabalha como performer e desenvolve acções de formação na área das artes performativas.
Foi um dos membros fundadores do Núcleo de Experimentação Coreográfica, tendo assumido a direcção artística desta estrutura entre 2006 e 2011. A partir de 2010 integra o conselho de curadores da Fundação GDA.”Apesar das Evidências” (2003), “The Melted Mirror” (2004), “Em resumo” (2004), “Inventário”(2007), “Open Scores” (2009), “Uma peça encomendada” (2009) e “Alexandria (Fragmentos) (2011) são algumas das suas coreografias e performances.
Artista residente da Circular Associação Cultural em Vila do Conde em 2012 e 2013. O seu trabalho desenvolve-se a partir de questões ligadas ao corpo, interessando-lhe sobretudo a vulnerabilidade da exposição face ao olhar do outro e a condição do intérprete como catalizador de imagens.

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